maio 13, 2007

PACTO

Venho de lugar nenhum.
Implora, por favor,
À sua insensatez
Dar minha loucura
Com uma pitada de molho inglês.

E caminhando por tudo aquilo que eu me esqueci,
Sob as aléias de realidade que compreendi
Que morrer é apenas se cansar de mentir.
O beijo final é a única coisa verdadeira.

Então do fim fez-se o início.
Retornando ao marco-zero do meu desequilíbrio
Para cometer de novo múltiplos suicídios
E do sal extinguir todos os indícios.

Não me contentar com apenas mais um trago,
Nem, em uma dose de absinto, desfazer minha lucidez,
Acreditar que realmente não é acaso,
Esquecer o que agora se desfez.
Nem álcool, nem cigarros.
Agora é a nossa vez
De sonharmos num suspiro
Desfazendo a embriaguez.
E em um milhão de palavras
A nostalgia que se fez…

Ludibriado pelo bravo brado do diabo
Recebo a dádiva e jamais pago o preço
Predigo a paráfrase
E faço do pobre sonho realidade
(Todos os corações mergulhados numa cerveja, cebola ou cigarro.)

Afinal, à que estamos fadados?
Sobriedade oscilante ou inerte loucura
Debatendo-se a todo instante?
Nada.
Prestidigitação barata – a simples estória de um bardo.

E é sempre a mesma coisa.
Mas, quem somos afinal?
O que nos é predestinado?
(Tudo não está em nossas mãos?)
O que fazemos notívagos?…Tudo será tão banal?

Não importa, sem mais perguntas.
No entanto ainda havendo dúvidas.
(As bebidas nunca acabam e ainda temos mais um cigarro)

É hora de ir embora.
Chega de prosa, sem despedida
Feche a porta,
Feche os olhos.
Mas por favor, a mente,
Mantenha-a aberta.
Inconsequentemente, loucamente, Incondicionalmente.
Não faça nada. Deixe fluir.
E até a próxima…


13/05/2007 – 4:32 AM - Franz Café

Autoria: Felipe, Andres, Gabriela e Mayara