julho 18, 2008

O BADALAR

O principio incerto
do começo tênue de um olhar
e estremece o cobre ondulante
de dentro da mente vazia

uma freqüência incerta
e é so um toque da sua mão
mas resplandece a vibração sonora
de fora pra dentro do sino

não é parelho a borboletas no estomago
mais similar a visão da descoberta
sem palavras descritivas pra explicar
a sua boca me farta de adjetivos

de onde veio tanta glória ?
fica difícil acreditar
que seda fina se enlace com farrapos
mais um minuto e a loucura nos alcança

isso é um sonho ?
só pode ser um sonho ...
não sei se não dormi, ou ainda não acordei
de onde você veio ?

e o badalar não para
escuto sinos germinando e batelando
o tempo todo na minha cabeça
você passa e de novo, e de novo...

onde diabos esta meu senso
hoje já foram um zilhonesimo de vezes
pensamentos entorpecidos
e você esbarrando de la pra cá

acho que estou doente
ou será que é a cura ?
blemm... blemm...
mais uma vês estagnado

minhas pernas estremeceram agora
um forte pensamento me tomando
uma lembrança de um suspiro que te dei
Saudades ? mais já ?

Sobriedade oscilante, ou inerte loucura
não pode ser ...
de novo não ...
blemm... blemm...
blemm...


Os sinos tocam anunciando a loucura
e minha cabeça manda um sinal pro peito
vai ser só mais uma aventura
a trezentos batimentos por segundo

...

julho 06, 2008

Vislumbre

Doce como um olhar jovial inocente
um Losango refletido envolto de uma redoma
seus brilhantes faróis sedentos
que eu procurei evitar se fecharam

era uma mulher com cara de criança
um demônio louco inexistente
a seiva da fruta amarga de pele sedosa
que consumia meus sentidos ao tocar meu rosto
e comovia meu senso me tirando do chão

seu repentes dengosos de gélida rigidez
transpiravam de fora pra dentro
dos poros as artérias
e carinhosamente laceravam o coração
com um veneno terrível de possessão

a formosura rastejante a atacar
inconsciente de sua fascinação telepática
rodeavas de desafeto ciumento e mesquinho

tomava todos os corpos e mentes
pelo seu caminho
por um âmbito de graciosidade
e reclassificava o amor em sólida felicidade
sorrisos eram já o bastante

mas surgiram abraços e volúpias descompromissadas
que foram apenas um conforto,
eu notivago deitado sem controle das pernas
ouvi as mesmas palavras que mais tarde
quando as minhas a costas
anunciavam que era hora
de fechar os olhos

sussurrando constipada
ondulantes delírios que me destruíam
e tomaram de inveja incapacidade
meu ego já covarde que confrontava
um duelo temeroso entre senso e paixão

eu respirava seco e rigoroso
como se a neve tomasse conta do corpo
um frio que vem de dentro do coração me tomou
e a agitação de batimentos céleres

proibia ações repressivas

minha cabeça já sonhava e replicava
um imenso vazio desconexo ao meu feitil
como se transcendesse um limite de tolerância
e quebrasse a regra da honra de amar de verdade

assim noite a dentro fui morrendo
fui matando e desfazendo ludibrie
meu cretino amor poético por seus sorriso
fui fechando seus olhos bem aqui

de dentro pra fora do coração expurguei
em singelas lagrimas solitárias
um adeus ao de todos o mais lindo
vislumbre poético que tive o prazer de conhecer