setembro 04, 2007

DESPEDIDA

E voltamos para casa mortos
Aliviados por nada ter acontecido
Com o chão ensangüentado de ódio
O temor assolou nossa vida

Em lascivas batalhas
De amor e medo
encontramos nossa vida
Perdidos em pecados
Que outrora fosse oásis

Vagueando notívago solitário
Pertinente a cada curva dos sem causa
Lamentando o solavanco desprendido de pureza
Eu fito um céu de imenso azul
Que conspira outra vez
Minhas escolhas

Embriago noutras taças
Lamentável o acalanto ao viciado
Meu suspiro infeliz em pó celeste
Faz bater de ondulações
Minhas falanges

Cada dia mais vazio e desconexo
Vou perdendo e me desprendo
Num abismo

Sem colinas praias ou fidelidade
Vou cedendo cada vez
Mais sitiado

E mais covarde menos triste
Viajante, eu alucino outra vez
Numa retórica suja se quitaria
E desumana, onde medo

É de novo concordância
Subsidio é a nossa tolerância
Inconseqüente, de vinganças saciado

Imprimo mais um passo
Firme no destino
Combalido de prováveis
Morticidas, já me vou
Pra nunca mais voltar pra casa ...


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